Amazônia, rio Tejo, tesouros que merecemos?
Montanhas e coragem,
Planícies e medos,
Nada somos sem o ar
E o ar seria tão melhor sem nós...
1. Poesia indicada pelo Bug Latino
“A Serra que corta a nossa Amazônia;
Corta também a pureza do ar!
Cada animal extinto no mundo;
É um ciclo da vida a se arrebentar.
A água nunca foi tão pobre...
Perdendo as riquezas com lixo ao mar!
Com tanta maldade e indiferença;
Um dia a Natureza vai nos castigar!”
Dandao
2. Poesia indicada por Maria Lúcia Levert
“Tejo que levas as águas”
“Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar
Lava-a de crimes espantos
de roubos, fomes, terrores,
lava a cidade de quantos
do ódio fingem amores
Leva nas águas as grades
de aço e silêncio forjadas
deixa soltar-se a verdade
das bocas amordaçadas
Lava bancos e empresas
dos comedores de dinheiro
que dos salários de tristeza
arrecadam lucro inteiro
Lava palácios vivendas
casebres bairros da lata
leva negócios e rendas
que a uns farta e a outros mata
Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar
Lava avenidas de vícios
vielas de amores venais
lava albergues e hospícios
cadeias e hospitais
Afoga empenhos favores
vãs glórias, ocas palmas
leva o poder dos senhores
que compram corpos e almas
Leva nas águas as grades
de aço e silêncio forjadas
deixa soltar-se a verdade
das bocas amordaçadas
Das camas de amor comprado
desata abraços de lodo
rostos corpos destroçados
lava-os com sal e iodo
Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar.”
Manuel da Fonseca
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