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Poesia no Natal


Árvore de Natal,

Presépio de folhas de pitanga na areia branca,

Família ou saudade,

Casa cheia ou liberdade,

Prato cheio ou dieta

Natal é pensamento, sonho

Às vezes tormento

Natal é estar vivo, respirar, ter coisas para tratar, amar

Olhar o céu, sentir a brisa, sorrir... e aproveitar


1. Poesia indicada por Maria Lúcia Levert


“Quando um Homem Quiser”


“Tu que dormes à noite na calçada do relento

numa cama de chuva com lençóis feitos de vento

tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento

és meu irmão, amigo, és meu irmão


E tu que dormes só o pesadelo do ciúme

numa cama de raiva com lençóis feitos de lume

e sofres o Natal da solidão sem um queixume

és meu irmão, amigo, és meu irmão


Natal é em Dezembro

mas em Maio pode ser

Natal é em Setembro

é quando um homem quiser

Natal é quando nasce

uma vida a amanhecer

Natal é sempre o fruto

que há no ventre da mulher


Tu que inventas ternura e brinquedos para dar

tu que inventas bonecas e comboios de luar

e mentes ao teu filho por não os poderes comprar

és meu irmão, amigo, és meu irmão


E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei

fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei

pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei

és meu irmão, amigo, és meu irmão”


Ary dos Santos

in 'As Palavras das Cantigas'



2. Poesia indicada pelo Bug Latino


“poema sobre a família”


“Na hora de pôr a mesa, éramos cinco: o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs e eu, depois, a minha irmã mais velha casou-se. depois, a minha irmã mais nova casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje, na hora de pôr a mesa, somos cinco, menos a minha irmã mais velha que está na casa dela, menos a minha irmã mais nova que está na casa dela, menos o meu pai, menos a minha mãe viúva. cada um deles é um lugar vazio nesta mesa onde como sozinho. mas irão estar sempre aqui. na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco. enquanto um de nós estiver vivo, seremos sempre cinco.”


José Luís Peixoto

in “A Criança em Ruínas”


3. Poesia de Teresa Vilaça


“NOSSA ARTE”


“Acomodarei teu drama

em meus braços

e criarei fantasias

para teu consolo


Inventarei verdades

que existem apenas

no Coração


Descobrirás

o sentido das Histórias

pensadas em ti


Solidários

inverteremos o poder

Reconstruiremos cidades

Construiremos casas

Alimentaremos


Verdes serão nossas árvores

e as crianças poderão sorrir


Salvos por nossas próprias mãos

Enfim Criaremos”


T.Vilaça

Salvador, 08 de agosto de 2020

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