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Poesia do que Sou


Sítio Burle Marx - Patrimônio Mundial da Unesco - site DW

“Sangrar”

“Quando escrevo

As palavras

Me despem

 

Nua e livre

Eu sou

Aquilo que sou

 

Transparente

Exposta

Humana

 

Se escrevo

É por obra

Da necessidade

 

Escrevo

Para sangrar

E estancar

 

A cura

Vem

Da palavra”

Dayane Tosta Costa

Nua e outros poemas.

Vecchio: Salvador, 2019.

 

 

“Laços”

Para D. Vitória, que docemente trançava os cabelos de minha infância

 

“Nas tranças de minha infância

meus laços eram mais fortes.

Deitadas sobre meus ombros

as mãos da velha Vitória

vadiavam nos fios dos meus cabelos.

Havia olhares vadios dos meninos.

Dentro dos meus sonhos

desfilavam estranhas paisagens,

outras criaturas me espiavam.

Dentro do sonho de minha infância,

meninos vadios espiavam

minhas estranhas paisagens,

meus laços mais fortes.

Sobre os ombros de outras criaturas

deitavam as tranças de minha infância.”

 Lita Passos

Livro Rosário de Lembranças, Ed. Vento Leste,2011.

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