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Poesia da Coragem


Pela Amazônia

Pelas Mulheres

Pelos Negros

Pela População LGBTQIA+

Pelos Necessitados

Pelo Mundo

...

Sem esperança, nem esforço,

Sem apoiar os outros,

Somos pequenos nadas


1. Poesia indicada pelo Bug Latino

“Eu me sinto um simples nada

Uma folha verde na Amazônia

Acordo e vou até meu último pensamento da noite assim...

Eu apenas sobrevivo as garras da escuridão

Sem propósito, sem expectativa

Sem gargalhar, sem viver bem

Vivemos pra acreditar na esperança

Morremos acreditando na esperança

Sofremos até o último respirar de nossas almas

Esse é o ciclo da vida

E não vai mudar só porque eu não gostei.”


María Fernanda Prudêncio


2. Poesia indicada por Maria Lúcia Levert


“A DEFESA DO POETA”


“Senhores juízes sou um poeta

um multipétalo uivo um defeito

e ando com uma camisa de vento

ao contrário do esqueleto.


Sou um vestíbulo do impossível um lápis

de armazenado espanto e por fim

com a paciência dos versos

espero viver dentro de mim.


Sou em código o azul de todos

(curtido couro de cicatrizes)

uma avaria cantante

na maquineta dos felizes.


Senhores banqueiros sois a cidade

o vosso enfarte serei

não há cidade sem o parque

do sono que vos roubei.


Senhores professores que pusestes

a prêmio minha rara edição

de raptar-me em crianças que salvo

do incêndio da vossa lição.


Senhores tiranos que do baralho

de em pó volverdes sois os reis

dou um poeta jogo-me aos dados

ganho as paisagens que não vereis.


Senhores heróis até aos dentes

puro exercício de ninguém

minha cobardia é esperar-vos

umas estrofes mais além.


Senhores três quatro cinco e sete

que medo vos pôs em ordem?

que pavor fechou o leque

da vossa diferença enquanto homem?


Senhores juízes que não molhais

a pena na tinta da natureza

não apedrejeis meu pássaro

sem que ele cante minha defesa.


Sou um instantâneo das coisas

apanhadas em delito de paixão

a raiz quadrada da flor

que espalmais em apertos de mão.


Sou uma impudência a mesa posta

de um verso onde o possa escrever.

Ó subalimentados do sonho!


A poesia é para comer.”


Natália Correia

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