“O que é a Liberdade?” Bug Sociedade
Revolução dos Cravos, França com Macron. Haverá o nosso “Liberdade, liberdade abre as asas sobre nós?” ou nos pisaram tanto o orgulho que daqui não sai mais nenhuma gota de amor próprio que nos proteja de tantos aventureiros - candidatos a candidatos a um lugar entre os 40, 400 ou 4000 ladrões de Ali Babá - que no nosso caso, é em Brasília?
Nós temos que nos responder isso sem demora. Meteram de novo “carnaval na nossa veia”. Estão nos distraindo de perguntas incômodas que precisamos fazer: Além da turma de Randolfe, na CPI da Covid, os políticos nos ajudaram em quê? Discutiram o quê – além de aumentos astronômicos em um orçamento que agora – pasmem – é secreto. 4000 ladrões será que bastam ou aumentaram tanto que perdemos as contas ?
Temos 3 poderes – gostem ou não. Os 3 precisam fazer parte da mesma engrenagem. Se um dos poderes provoca, desobedece, é maledicente, a responsabilidade é nossa e precisamos tirá-lo de lá. Não importa quem votou mal ou bem. Não importa a sua ideologia. Quem votou mal e está vendo que o Brasil vai ladeira abaixo, totalmente descoordenado e desconectado da realidade, percebe que partido não tem torcida, não é time, nem escola de samba – e vota em outra pessoa.
Liberdade é resposta. Qual é a sua? Nas urnas temos que dizer que esse Brasil mendigo, não é o nosso Brasil. Um Brasil que não estuda porque está vendendo projeto de educação em troca do “ouro do Senhor” e ninguém faz nada, que vende projeto de alta tecnologia pra quem nem tem internet, nem tem creche, nem tem merenda escolar. Um País que acumula vergonha atrás de vergonha.
Tem 16 anos? Pegue sua arma e vote. Vamos esfregar na cara de todos que os ladrões vão ser expulsos de Brasília. Mas precisamos declarar mais coisas, em nome da liberdade.
Se a pessoa não está cometendo nenhum crime: roubar, matar, passar a perna, se não é estelionatária e coisas assim, nós não temos nada com a vida dela. Portanto, respeite gênero, religião, time, diferenças sociais. Não se ache nem melhor, nem pior, só por causa disso. Aprenda a falar para defender o que acredita e o que sente e esqueça – ESQUEÇA – de sair na porrada só para extravasar suas frustrações. Podemos ser cooperativos, ao invés de egoístas.
Homens: a educação que damos nessa sociedade em que vivemos é – É! – machista. Não discutam mais isso e passem a respeitar as mulheres, gays, trans, homens mais franzinos, etc como seres humanos que somos. Ajudem a arrumar a casa onde moram porque não custa contribuir com a sua família. Antes de sair “bancando o fortinho, o machinho na rua”, converse com seus pais, peça conselhos aos seus avós, respire e se acalme. Abomine as “carteiradas” – tenha vergonha de usar QI pra tomar posse de cargos que não merece ter.
Liberdade precisa de ação e também de controle. Quem te incentiva a se armar, provavelmente não liga a mínima pra sua vida e a vida de sua família. Tudo o que ele fala sobre autoproteção é mentira. Nunca – NUNCA! - vote numa pessoa assim.
A Terra é redonda. A Terra não é plana. Vacinas salvam. Não perca seus filhos ou netos para bandidos, mesmo que eles sejam políticos. Não confie nos políticos. Cobre deles trabalho e planejamento. Estão falando mal um do outro e não mostram planos? Troque de candidato. Não temos mais tempo pra essas baboseiras. O Brasil está na linha vermelha da desgraça porque eles nos fazem de bobos.
Levante os olhos. Tenha orgulho de você. Você é brasileiro. Brasileiro não precisa de roupa especial, de cor especial, de amarelo especial porque nós nascemos e somos especiais. Somos mestiços com orgulho. Tenha orgulho de quem é. Seja livre. Se a economia foi mal conduzida, estão tentando te prender na pobreza – não vote nessa pessoa. Não confie em palavras bonitas. Exija ações. Não fez nada? Corte da sua vida, não vote.
Seja livre. A liberdade, assim, vai abrir as asas sobre todos. Sobre nós.
Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro e TV
“O que é a Liberdade?” Bug Sociedade
Liberdade, uma busca constante. Interna. Externa. Diária. Eterna. A importância de se ir despindo de pré-conceitos, ideias pré-concebidas, crenças, rituais, aprendizagens. É um caminho diferente para cada ser humano. Isso é certo. Não é outra pessoa que te vai dizer como é para ti. Construir sua própria liberdade e cuidar dela é um desejo, uma busca, mas nunca é uma certeza.
A vida, esse permanente movimento, tantas vezes parece melhor para os outros, quando estamos mal, ou pior para os outros, quando inchamos de vaidade, mas ela a todos vai dar e tirar liberdades.
Algumas pessoas encontram a liberdade quando casam. Algumas encontram a liberdade quando vão viver para um país “aparentemente democrático” e outras limitadas em países desenvolvidos. Algumas encontram a liberdade numa vida com menos dinheiro e outras ficam presas por serem ricas.
Algumas consideram que ser livre é poder trair os amigos. Algumas consideram que ser livre é comer até o estômago pedir para parar, ou beber até ficar em coma. Algumas consideram que liberdade é comprar tudo o que o dinheiro permite e tudo o que os outros dizem que é bom ter. Algumas não fazem nada, porque a sociedade as ensinou que quem menos faz é que é o “cara” - o que se aposenta mais cedo, o que tem “boa vida”, leia-se beber, comer, praia, dormir, viajar, etc. Isso é ser livre? Algumas tratam mal outras pessoas, dizem-lhes coisas horríveis, maltratam, batem, torturam, estupram, matam, porque ninguém está vendo, ou porque simplesmente podem fazê-lo, ou porque, para si, o “outro” não tem importância. Algumas estão livres numa prisão e outras presas na vida.
Alguns trabalhos nos dão “liberdade financeira” mas estamos presos a obrigações, regras, normas e pessoas cruéis. Alguns trabalhos parecem difíceis e limitados financeiramente mas o coração está livre.
Se somos livres, todos os dias alguém tenta questionar, impedir, criticar. Talvez pense que a sua liberdade é possível se for única, ou pensa que censurar os outros, o que fazem, pensam, querem, vivem, lutam, lhes dê uma sensação bizarra de liberdade. Ou apenas porque incomoda?
Por vezes a nossa forma de ser parece aos outros menor, inferior, imatura, frágil e lá estão eles a “ajudar”, a dizer o que é para fazer achando que sabem o caminho da liberdade para nós. Ou, por sermos humoristas, consideram que não somos capazes de lutar pela nossa liberdade e pela liberdade do nosso povo. Ou somos muito respeitadores da liberdade dos outros mas a falta de saúde nos retirou a nossa.
Direitos, deveres e os limites da liberdade. Opiniões, conselhos e os limites da liberdade. Favores, ajudas, apoio, e os limites da liberdade.
Ser livre tem sabor a construir algo, a fazer bem aos outros, a aceitar quem somos, a não deixar os outros invadirem a nossa cerca, sejam eles quem forem. Sejam eles quem forem. E intimidar, ameaçar, humilhar, assustar, isolar, não impossibilitam nada nem ninguém. Na minha liberdade quem manda sou eu. Fechem as portas que quiserem. Uma janela sempre estará aberta para a liberdade que me aguarda. Para a liberdade que mereço. Para a liberdade que vivo.
Ana Santos, professora, jornalista
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