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Foto do escritorportalbuglatino

Exposição de Azulejos, Porto, Portugal

Atualizado: 15 de out.





"Baraye" / "Por"


"Pelo dançar nas ruas

Pelo medo de beijar (seu par em público)

Pela minha irmã, sua irmã, nossas irmãs

Pela mudança em cérebros apodrecidos

Pela vergonha

Pela pobreza

Por desejar uma vida normal

Pela criança catadora de lixo e seus sonhos

Por essa economia à base de comando

Por esse ar poluído

Pelas árvores definhadas da rua Valiasr

Pelo Pirooz (guepardo persa) e sua extinção antecipada

Pelos cães inocentes proibidos (mortos pelo governo)

Pelo choro que não para

Por imaginar a recorrência dessa cena (voo 752 Ukraine International Airlines)

Por um rosto que sorri

Pelos estudantes

Pelo futuro

Por este paraíso mandatório

Pelos estudantes de elite aprisionados

Pelas crianças imigrantes afegãs (elas não podem crescer como uma criança normal, no Irã/Irão)

Por todos esses "Por" que não se repetem

Por todos esses slogans vazios (ter que falar "morte à América", etc)

Pelo colapso das casas frágeis

Pela paz de espírito

Pelo nascer do sol depois de uma longa noite

Pelos sedativos

Pela insônia

Pelos homens, terra natal e prosperidade

Pelas meninas que desejaram nascer meninos

Pelas mulheres, vida e liberdade

Pela liberdade

Pela liberdade

Pela Liberdade"

Shervin Hajipour

"Baraye"/“Por” é uma música de protesto Persa escrita por Shervin Hajipour, lançado no dia 27 de Setembro de 2022 e que rapidamente se tornou viral em meio aos protestos anti-regime no Iran. A música é baseada em tweets com a hashtag Mahsa Amini, a jovem iraniana que foi detida e espancada pela “polícia da moralidade” por não usar o hijab (véu islâmico) apropriadamente, o que levou a morte da jovem. Desde então milhares de iranianos protestam contra a opressão contra as mulheres, tirania e falta de liberdades para fazer coisas consideradas normais no dia-a-dia de países livres. A música deu voz à insatisfação do povo iraniano, e o refrão “mulheres, vida e liberdade” (zan, zendegui, ózódi) se tornou o lema da revolta.


Fotografia de João Paulo Pimentel

Professor de Cerâmica na Escola Soares dos Reis, Porto, desde os anos 80.

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