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“ENTRE OS CAPRICHOS DOS CONSELHOS FEDERAIS E COMITÊS” e “Respeito, amizade, excelência” Bug Sociedade


Edíria Carneiro

 

“ENTRE OS CAPRICHOS DOS CONSELHOS FEDERAIS E COMITÊS” Bug Sociedade

Há grupos de conduzem grupos maiores, dão exemplos. As Comissões Técnicas de cada equipe, de cada gênero da Olimpíada, lideram um time inteiro, que dá exemplos à torcida, que melhoram e aprofundam valores e princípios humanos em um País. Os Conselhos Federais profissionais se aprofundam em questões científicas para darem novas respostas, criarem novos parâmetros nacionais daquela profissão em seu campo de trabalho. São essenciais, socialmente.

Eu me pergunto se esses grupos, de imensa responsabilidade e liderança sabem, entendem o que é a responsabilidade de “puxar a fila”, liderar, apontar com clareza e objetividade onde está a luz.

Será que o Conselho Federal de Medicina sabe onde está a luz da ciência? Ou, por outro lado, que a luz da ciência não tem outra ideologia que não seja a busca de bem estar humano? Saúde Pública? E que não existem remédios de “esquerda ou direita”? Existem apenas medicamentos que servem ou não servem para determinados males? E que, ao determinar isso, do ponto de vista errado, pessoas morrem?

O que a eleição de novas chapas no CFM tem a ver com os pacientes, que não votam? Exatamente isso: nós é que morremos. É inadmissível um discurso de direita em qualquer Conselho Federal por isso. Portanto, desculpem bolsonaristas, mas caiam fora do CFM. Queremos e precisamos de bons cientistas. Podem ser ateus, conservadores ou comunistas, tanto faz – desde que sejam cientistas que sigam os preceitos da ciência, de ninguém mais. O aborto no Brasil é permitido em alguns poucos casos e isso não é escolha do médico e sim da lei, da jurisprudência, do bom senso e cuidado com as mulheres. Se o Conselho é composto por maioria masculina, se perguntem se são machistas. No caso brasileiro, há uma enorme chance da resposta ser sim e o seu voto estar comprometido.

Simples assim. No caso da nadadora expulsa da Olimpíada, você não estranhou a menina estar fazendo exatamente a mesma coisa que o menino e só ela ser expulsa? Não estranhou ela não ter direito à palavra? Em tendo o temperamento explosivo: não estranhou o Comitê de natação não a ter trabalhado psicologicamente? No lugar da menina: você simplesmente aceitaria não ir à Torre Eiffel, mesmo sabendo que provavelmente não apareceria outra oportunidade de ir lá olhar, pisar no chão, tocar na Torre ou tirar uma foto? Tirar uma foto é indisciplina? E a grande pergunta: Por que ela foi expulsa e o namorado não, se eles estavam juntos, fazendo exatamente a mesma coisa?

Quantos homens fazem parte do Comitê de Natação?

Difícil liderar quem faz perguntas? Difícil liderar quem é curioso?

Mais difícil ainda é estar cheio de perguntas que a tal liderança camufla, senta em cima e faz de tudo pra ninguém perceber que estão sendo feitas.

É melhor expulsar mulheres e negociar com homens? A menina tirou uma foto na Torre Eiffel e foi expulsa da seleção olímpica. O Robinho estuprou uma menina: ele foi expulso de onde? O nadador americano que também estuprou uma menina na Olimpíada do Rio foi detido no Brasil? Houve um incidente diplomático, pelo menos?  Quem pagou a liberdade do Daniel Alves mesmo?

Ah!...

Perguntas... Não consigo mesmo viver sem elas...

Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro e TV

 

“Respeito, amizade, excelência” Bug Sociedade

A Olimpíada nos dá muitos ensinamentos. São muitas situações, muitos atletas, diferentes resultados, dores, alegrias.

O nadador brasileiro, carinhosamente apelidado de Cachorrão, favorito à medalha de ouro na prova de 400 metros livres, fez o seu melhor resultado de sempre, bateu o recorde sul americano e ficou em 5º lugar. Numa prova em que há bastante tempo não acontecia uma prova tão rápida, essa prova rápida aconteceu. Se tivesse participado nas Olimpíadas anteriores, com o tempo que fez, tinha ganho a medalha de ouro. Podemos nos preparar o melhor que sabemos para qualquer coisa na vida, perceber até que estamos em condições de ter o que desejamos, mas a vida sempre pode nos surpreender. E é bom a gente ter sempre a noção que tudo na vida pode ser conseguido ou não, independentemente da forma como nos preparamos. A vida não é uma ciência exata.

A judoca Japonesa Uta Abe, quatro vezes campeã do mundo, campeã olímpica, vencendo a final, subitamente sofre uma manobra - ippon - da sua adversária e perde. Ficou surpresa, não aceitou a realidade, não lidou bem com a situação e caiu num choro impressionante. Ser sempre campeão pode nos desleixar para os embates e frustrações da vida. Proteger as pessoas e evitar a todo o custo que nossos filhos não sofram, pode fazer com que sofram muito mais no futuro. Ser campeão sempre não significa que descuremos a forma como enfrentamos a frustração.

Tom Daley, atleta inglês de saltos ornamentais/saltos para a água, voltou a competir, depois de dois anos parado. Sua quinta olimpíada. Seu filho mais velho lhe pediu para voltar, treinou desde dezembro de 2023 junto com Noah Williams. Como vive em LA e Noah vive em Londres, treinaram apenas uns dois meses juntos. Venceram a medalha de prata, apenas perdendo para os incríveis chineses. Quinta medalha. Soberbo. Existem “relógios” que nunca perdem o ritmo. E é tão lindo de ver e tão motivador...

Gabriel Medina, que show deu hoje! João Chianca, que coragem, depois de ter tido um acidente tão grave nas mesmas ondas. Impressionantes os dois. E, John John Florence, que seria o maior candidato à medalha de ouro, quando esteve na água as ondas desapareceram. No final da bateria parecia estar à espera da onda perfeita...que não surgiu. Talvez o atleta que melhor conhece estas ondas. Como se a vida decidisse que não era para ele a medalha de ouro. Na bateria seguinte as ondas ficaram tão perigosas, que preocuparam, colocaram em risco a saúde dos dois surfistas da bateria e por isso proibiram mais entradas na água. As mulheres já não competiram, nem aconteceu mais nenhuma prova para os homens. Nunca temos a vida nas mãos, nunca controlamos nada.

Tantas histórias mais e tantas que ainda virão nos próximos dias. Aprendizados para quem as vive e para quem as conhece e reflete sobre elas.

Todas as pessoas sabem da importância da Olimpíada. Todas falam isso e decidem sua vida de acordo com esse valor. Celine Dion, com uma doença terrível, desde 2020, comentou que se voltasse a cantar publicamente, seria numa Olimpíada. E cantou, lindamente. Choreiiii... Na ginástica artística, Simone Biles, tem um público valioso – Tom Cruise, Snoop Dog, entre outros. O time dos Estados Unidos, no Basquetebol, é repleto de estrelas. Estrelas que poderiam estar em casa treinando, nos pavilhões esportivos que construíram em suas próprias casas. Os tenistas também. Você pode alcançar a fama, a riqueza, se tornar milionário. Aparentemente estas pessoas parecem ter tudo. Mas é impossível resistir à atração da magia de uma olimpíada, à sua conexão com a nossa infância, sonhos, ilusões.

Existem sempre problemas, nestes eventos, existirão sempre variadíssimas versões sobre as mesmas situações, mas deixar bem claras as regras de funcionamento, de organização, de circulação, é muito importante. Que cada atleta perceba as suas responsabilidades e aceite as condições “do jogo”, também é necessário. Permitir que cada atleta, depois da sua competição terminar, possa usufruir um ou dois dias para conhecer e visitar a cidade onde esteve, também me parece elementar. E por último, que as organizações do evento e de cada país percebam que também têm deveres – não são só direitos.

Desejamos que prevaleçam sempre o bom senso e os valores olímpicos - respeito, amizade e excelência. E que cada um possa trazer para o seu dia a dia estes valores, reanimá-los, envolve-los nas suas vidas.

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela declara Nicolás Maduro reeleito com 51,21% dos votos. Quantas pessoas no mundo acreditam?

Como era bom ter substituições, punições, advertências, desligamentos, nestas situações.

Ana Santos, professora, jornalista

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