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“CLIMA SOCIAL CADA VEZ MAIS EXTREMO” e “Bug Latino, uma prenda para você” Bug Sociedade


Tomie Ohtake

“CLIMA SOCIAL CADA VEZ MAIS EXTREMO” BUG SOCIEDADE

Pode parecer estranho, mas embora a gente ouça que precisamos do coletivo, somos massacrados para sermos individualistas. Todo marketing nos conduz ao individualismo. E caímos nessa. Veja o Brasil pegando fogo: sabemos que muitos incêndios – senão a maioria – são criminosos. Não fazemos nada, não acontece nada e o Brasil continua queimando, com episódios de chuva negra, de pessoas apagando fogo de mangueira, até de balde. Quem tenta apagar um incêndio florestal - provocado - com baldes de água, está pronto para ver que só o coletivo pode competir com o massacre ambiental que vivemos. Com terroristas ambientais.

Silêncio social total. Ninguém nos orienta. Por que ninguém aponta em alguma direção? Os candidatos a prefeito deveriam estar falando disso sem parar, apontando o que fazer, caso a gente veja alguém provocando fogo – nenhuma palavra. Nada também com relação ao que fazer, caso vejamos um incêndio. Como ajudar? A quem chamar? E se demorar?

Nada. Ou mesmo: Mentiras. O candidato X provoca e ganha muito dinheiro à custa dos milhões de “bestas” que visualizam ele xingando, ele provocando, ele apanhando, ele no oxigênio (oxigênio?), ele, ele, ele...

Mas... e se chover, como em Porto Alegre? Quem mora na Cidade Baixa foge em qual direção? Como alguém teve a ideia de tapar bueiros, ao invés de desentupi-los? Temos um plano de emergência? Sua cidade tem um? E o lixo? E a escola? E o posto de saúde? Alguém pensou em uma campanha onde se divulgue quais as vacinas a tomar? A levar as crianças para espaços abertos para que brinquem? Que é importante falar com elas? A propaganda da prefeitura continua só falando que o prefeito é o maior – mas em cada cidade, em todas as cidades, todos os prefeitos são os maiores?  Ninguém fica em segundo lugar?

Por que os homens não gostam de falar sobre assédio e não param de assediar? Por que os que não assediam, não o apontam, nem o denunciam? Por que o gênero feminino fica sempre só, avaliando qual é o menor grau de sua perda, quando bastava que os homens parassem de tentar diminuir a intensidade e a gravidade do problema falando dele? Socialmente somos um grupo, mas realmente vivemos sós.

Minhas perguntas se acumulam, obtendo o mesmo silêncio de respostas de sempre. Precisamos de um espaço de fala, onde o mal estar da visão da vida real, não estanque a comunicação. Mesmo que os homens prefiram virar os olhos para o lado, Brasília – dizem – é um antro machista onde assédio moral e sexual acontecem. Mais que acontecem: são rotina.

Na França e na Europa, o gênero feminino saiu em passeata contra o marido que “dopava” a mulher, chamava conhecidos – cerca de cem – e os convidava a estuprá-la. Convite ao estupro da mulher, esposa, companheira, whatever. Provavelmente, muitos homens disseram não: mas não denunciaram. Nenhum. Em Brasília, é quase normal vermos políticos envolvidos com violência familiar. Ninguém toca no assunto, as mulheres são como seres invisíveis. Eles palestram sobre como deve ser a nossa vida, nossa rotina, como devemos decidir nossos futuros, com ou sem filhos, anticoncepcionais, com ou sem remédios nascidos da cannabis, com ou sem vacinas.

E se abríssemos um canal onde se pudesse falar sobre isso? Falar sobre algo além de reclamarmos da vida? Um lugar onde alguma coisa acontecesse em grupo e não nos sentíssemos estupidamente sozinhos, o tempo inteiro?

E isso porque nem quis incluir para onde vão os nossos impostos...

Vem mais uma eleição e... é a treva de sempre...

Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro e TV

 

“Bug Latino, uma prenda para você” Bug Sociedade

A lama da vida, está sempre pronta a nos fazer escorregar – nos pensamentos, nas ações, nos desejos, nos impulsos, nas intenções, nas relações, nos trabalhos, na política.

Rolam provocações primitivas, rolam cadeiras. Rolam risos, baixarias, borbulham oportunistas.

Está chegando um futuro terrível, oco, azedo, seco ou inundado, invejoso, mal intencionado, destruído.

É necessário dar algum conforto às pessoas que sofrem, que estão infelizes, desesperadas, empobrecidas, envelhecidas. É necessário contrariar este movimento. Precisamos perder alguns pruridos – as elites que não toleram as redes sociais, ou que não se misturam nos problemas da população. Estamos todos juntos neste planeta. Não tem para onde fugir, não tem. Cada um, precisa de ajudar naquilo que é bom, naquilo que pode. Também sei que muitos estão enfrentando seus próprios demônios, seus próprios problemas, mas podem ajudar mesmo assim. Os budistas falam na compaixão, outros falam em empatia. Não interessa muito a palavra, interessa que precisamos pensar, cuidar, prever o outro.

Este domingo foi o meu aniversário, 58 anos. Era suposto estar a gerir a minha carreira de professora, de treinadora, gerindo os bens adquiridos na profissão – como praticamente todos os meus colegas de profissão. Aguardando a aposentadoria com tranquilidade. E cuidando e prevendo os outros – mais próximos. Mas a vida tinha outros planos e um sem fim de desvios de rota, de mudança de planos, de bloqueios na engrenagem, de uma nova vida. Tudo isso atrasou muito meus planos, mas estou voltando ao trilho de novo.

Convoco todos os que gostam de mim, que me desejam feliz aniversário, que estão disponíveis a ajudar e prever o outro, a acompanharem o Bug Latino, a contribuírem, colaborarem. Se interessem, enviem sugestões, façam provocações justas e sensatas. Vamos combater este movimento poluído que não pára de crescer. Vamos utilizar as redes sociais de forma saudável – já disse isso antes, mas repito porque é um movimento crucial. Os movimentos humanos estão nos convidando ao afastamento, à divisão, ao empobrecimento da comunicação. Precisamos combater isso com aproximação, união, enriquecimento da comunicação – que enriquece nossos movimentos corporais, que por sua vez, enriquece nossas emoções. O Bug Latino não é uma brincadeira, também não é só para alguns. É um lugar que tenta alertar para os perigos, nutrindo a comunicação e a emoção. Não adianta alertar gritando, assustando, desorganizando. Pode-se fazer logo as duas coisas: alertar e ao mesmo tempo dar ferramentas e formas de nutrir, de estimular e desenvolver.

Sabemos quando caímos e sabemos que não é bom, mas devemos de imediato decidir como levantar e como seguir, antes que nos habituemos a estar “caídos”, antes que se torne difícil levantar.

O Bug é feito com muito amor, com muito cuidado, para você, para que melhore a sua qualidade de vida, mesmo no caos que se avizinha.

Ana Santos, professora, jornalista

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