Vem.
Vem sem medo, sem perguntas, sem tremores.
Vem que eu te recebo na mais quente das mantas, com a comida mais gostosa, nos abraços mais entrelaçados do espaço. Vem que eu e os siris dançamos o teu nome. Em lume.
Para ti só te darei TUDO e te mostrarei o meu lugar e o que vivi. Te mostrarei o que eu fui, o que sou e como feliz estou por vires.
Sempre me acolheste, mereces o melhor de mim.
Eu, o que sou, o que tenho e o que posso.
Tudo estará disponível para ti.
Para sempre.
Tu foste o meu guarda-chuva nas tempestades noturnas dos meus pensamentos e maiores sofrimentos. Me deste tua cama, tua pouca comida, teu tempo. Me batizaste junto dos teus mais queridos e íntimos. Tu que já não o fazes para ninguém.
Me ouviste...como me ouviste tanto nas noites longas onde faltava espaço e colo. Onde os meus sangravam e eu sangrava de volta e de ida e de reviravolta. A ti eu devo o mar.
Só te peço...não me avises quando chegares e não me procures.