Com tanta tecnologia no mundo, o Bug deveria estar sempre antenado, enturmado e falando sem parar. Mas alguma coisa está quebrando no conceito de comunicar. Porque deveria ser uma habilidade que aproximasse as pessoas da vida real para a vida virtual. Perceberam? As coisas não podem se inverter. Eu poderia dar mil motivos pra justificar, citando neurociência, evolução, linguagem humana... mas vou falar apenas que as pessoas precisam colocar em palavras o que são, o que sentem e o que sonham porque senão, não dá pra entender se estão perto ou longe de cada momento feliz ou como entender um mundo louco, onde todos dizem que a gente precisa lutar pela felicidade, enquanto enchem a nossa vida de complicações que nos frustram loucamente.
Tem muita gente que desiste de viver a vida real e investe na vida virtual, em amigo virtual, em amor virtual... e olha mais pro celular do que pra vida, fala mais com ele do que com seu pai, sua mãe, seu filho, irmão... Afinal, eu teclo o que penso de todo mundoooo...
Mas não aguenta não, fica mal de cabeça, desiste das coisas fácil e não consegue falar cara a cara, resolver cara a cara. Então, a gente inventa uma receita mágica pra ser diferente, vencer, comer, emagrecer, vestir, andar, onde todo mundo pode ser famoso, ter facebook com mil selfies, perigos, gente linda – mas a gente é igual a todo mundo – tem dia que se sente um lixo...
Enquanto a frase mais falada for “o que é pra fazer?” e as pessoas ficarem achando que podem resolver sua vida virtualmente, na vida real a gente vai encontrar famílias que conversam no whatsapp estando juntas no restaurante, namorados discutindo relação pelo Messenger do facebook, quando poderiam tentar falar que não ser compreendido dói, olhando nos olhos, chorando, sei lá, tentando salvar o que você ama com suas mãos, com seu carinho.
O Bug percebeu o problema e vai tentar reapresentar você à palavra, a comunicação verbal e o principal: ao desejo de se comunicar falando, mesmo sendo mais difícil de começar, mesmo tendo que ouvir a opinião dos outros. Mesmo tendo que aceitar que o mais certo do mundo não é você – pelo menos não é você sempre...
COMO?
Como a plataforma escolhida é a de web (TV e rádio, posteriormente), o Bug aposta tudo numa comunicação interpessoal rápida como a internet. O ponto de partida é o de utilizar a estrutura fornecida pela web para agrupar pessoas de lugares, idades e raízes diferentes, mas com objetivos comuns. A palavra falada apoiada nos recursos da linguagem gestual e corporal ao redor da preparação para o trabalho em TV serão o motor desta troca de experiências que farão o funcionamento da Web TV enquanto mercado, com técnica, logística, planejamento, desenvolvimento e lançamento de produtos de vídeo, criação de pautas, roteirização, filmagem, direção de voz, casting, vídeo e fotografia, decupagem, edição e finalização de programas – desenvolvendo, portanto, as habilidades linguísticas faladas e escritas, tanto quanto motoras, expressiva e compreensivamente.
Além disso, através da busca de temas de interesse para roteirização, todos podem participar de pesquisas voltadas para a aprendizagem enquanto fim humano – agora com total funcionalidade. A partir da criação do parâmetro criativo, o Bug, através da Bug TV, situada em Salvador da Bahia, começa a repassar projetos de educação através da arte e do seu exercício pleno como forma de aprendizagem.
Com programação mais curta e adaptada ao formato digital e de internet, esta Web TV receberá, além da programação brasileira, as grades dos países parceiros, legendadas ora em português, ora em espanhol, além de funcionar como base de apoio de todas as suas ações.