A palavra tem poder? Qual o único poder que vence a palavra? Há os homens trevosos, malandros assediadores, que usam sua posição para molestar? Como não se vê a ética e a falta dela, quando em todos os grandes momentos do mundo vemos o bem se confrontar com o mal?
Agora mesmo o bem se confronta com o mal quando homens não conseguem receber um não de uma mulher sem reagirem violentamente, quando não admitem a existência do gênero feminino, quando traem amigos, mulheres, quando matam para vingar a falta do que não poderiam ter. Agora mesmo uma criança está sendo assediada por um homem sem escrúpulos e com poder. Agora.
Mas se a treva tem o poder da palavra, a luz também não pode tê-lo? E em tendo-o, não pode confrontar o poder da treva? E mesmo sendo ameaçado, manter a altivez?
Bem, este é o filme. Mais moderno do que isso é impossível, com Trump (condenado por assédio), confrontando Kamala Harris (promotora e procuradora de justiça) por não ter filhos biológicos, com a imprensa inventando culpados pelo crime de serem honestos, culpados por cumprirem a lei indiscutivelmente.
A imprensa, o marketing podem deformar o fato? Eles conseguem? Quantos a imprensa e o marketing conseguem enganar? Você se deixa enganar? Você renegaria seu filho, ao se deixar enganar?
MAHARAJ deixa perguntas indigestas que todos devem tentar responder: você acobertaria um patrão assediador para se manter no emprego?
Vejam o filme, sintam nojo do poder e se identifiquem com a coragem de nos mantermos no lugar da luz.
Religião não é rezar proferindo blasfêmias, acreditem.
Um filmaço pra se ver em família, comentando cada cena.
Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro e TV
Filme indiano, já sabe que é diferenciado. Mistura imaginário com a realidade, baseia-se em fatos verídicos, e ultimamente o cinema tem exposto muitas situações injustas e horríveis, da sociedade indiana, com suas castas, sua “superioridade masculina”. E este é um deles. Homens com poder, neste caso, na religião, têm acesso a meninas, mulheres, a quem quiserem. Muitas meninas, com vidas difíceis, consideram até que serem escolhidas é uma benção. Até que são exploradas, abusadas física e emocionalmente. E depois, cada uma tenta salvar seu espírito, nem sempre fazendo da melhor forma – mas da forma que conseguem, já que a família e os amigos têm o costume triste e terrível, de se afastar, criticar e as ostracizar, quando elas mais precisam de ajuda.
Eis que um menino, diferente, se torna homem e tem a coragem de enfrentar tudo isto. Terá de enfrentar muitas dificuldades. Será que vai conseguir?
Ele nos mostra o caminho de tentarmos sempre ajudar, as pessoas que a sociedade devia proteger em vez de ostracizar, e de enfrentar os que fazem coisas erradas e ninguém é capaz de os enfrentar.
Tente ver. Se for do gênero masculino tente perceber como existem coisas erradas que precisam terminar – e a sua ajuda é muito importante. Se for do gênero feminino, veja onde estão os perigos, se cuide, procure aliados certos e verdadeiros e deixe de lado o que os outros acham como certo – faça o que te faz feliz e que é certo para você. Boa vida e bom filme.
Ana Santos, professora, jornalista
Sinopse: Baseado em um caso histórico real, um jornalista ousado questiona o comportamento imoral de um líder reverenciado.
Direção: Siddharth P Malhotra
Elenco: Junaid Khan, Jaideep Ahlawat, Shalini Pandey.
Trailer e informações: