Filme de 2021, baseado em fatos reais – o que eu amo. Amo a possibilidade de assistirmos a algo que fez parte, em todo ou em parte, da vida de alguém. Amo DOCs – assistir e fazer – por isso também.
Ok, é água com açúcar – um pouquinho. Mas veja, eu adoro! Desde “Uma linda mulher” que desenvolvi um gosto especial por vê-los – e por Richard Gere também.
Gostos e fraquezas à parte, MILAGRE AZUL é uma história inusual de amor, mas sem dúvida é uma história de amor entre um pai adotivo e seus inúmeros filhos – e o bailado que consiste em tocar o coração de um menino abandonado.
Dennis Quaid puxa a cena e lidar com a química que ele exerce é difícil – principalmente sendo a outra ponta, o total antagônico do protagonista – mas Jimmy Gonzales tem a mesma força, puxando a cena para o outro lado com doçura, sensibilidade e atenção.
Nada de especial na montagem, a não ser a história louca que a vida estruturou. Mas o momento onde o real se mistura à memória e imaginação de Omar é muito bem montado, em sequências que misturam sonho, efeitos especiais, cortes rápidos, trilha sempre muito boa – em alguns momentos inspiradora e eletrizante.
As crianças criam momentos muito particulares, plenos, incríveis, mesmo com poucas falas – os olhares foram tão bem aprofundados, as respostas.
Pelo quase inverossímil que a vida resguardou para a história – verdadeira – o filme vale pelos “litros” de lágrimas que chorei na parte final, como em toda montagem água com açúcar que já vi, mas que “colam” perfeitamente em mim.
Resultado: vale ver com família e pipoca, em casa, de preferência na maior tela existente – e depois comentar em como a vida constrói respostas em lugares incríveis e que com um pouco de fé, dá pra gente se jogar em muitas aventuras.
Eu adorei, mesmo sabendo que nunca concorreria a um Oscar. Mas não só de Oscar vive o cinema, certo?
Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro e TV
Um filme que mais parece uma história da carochinha. Mas é uma história verídica. E só por isso é obrigatório de ser visto.
Bons atores, particularmente o menino Steve Gutierrez. Que ator, que fofura, que encanto! Mas como disse, todos bons atores e tem muitos jovens no filme. No futuro vamos vê-los com frequência com toda a certeza.
Uma história que nos faz pensar e nos preocupa porque de novo quem ajuda, muito e muitas pessoas, quando precisa ser ajudado não tem ninguém ou muito poucas pessoas, que aceitam lhe dar a mão. Estamos perdendo a capacidade de ajudar, de acreditar em coisas boas, de fazer coisas boas. Estamos a perder as boas capacidades e isso é muito preocupante.
O filme nos mostra de novo que devemos acreditar sempre e que devemos tentar sempre. E que sempre se aprende coisas boas ao fazer coisas boas. Porque não o fazemos a todo o momento?
Veja o filme, se possível com a família, se possível com os mais novos e falem no final, conversem sobre a capacidade de acreditar, a capacidade de fazer coisas boas. Bom filme!
Ana Santos, professora, jornalista
Sinopse: A incrível história real do orfanato mexicano Casa Hogar, que entrou no maior campeonato de pesca do mundo para não fechar as portas.
Direção: Julio Quintana
Elenco: Dennis Quaid, Jimmy Gonzales, Miguel Angel Garcia.
Trailer e informações:
https://www.imdb.com/title/tt7084386/